A Micro
Operação Extensão, levada a cabo em algumas zonas mineiras, permitiu a
apreensão de 57 dragas industriais e o repatriamento de mais de 3 mil
estrangeiros em situação migratória ilegal, bem como a retirada de dezenas de nacionais
das zonas mineiras, revelou, ontem, na cidade do Lubango, província da Huíla, o
ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República.
Francisco Furtado fez a revelação
durante o encontro entre as chefias militares, representantes de empresas de
segurança, Polícia Nacional e demais órgãos, na cidade do Lubango, que procedeu
ao balanço das acções de controlo do território nacional, incluindo das
situações que motivaram a realização da operação na região Sul do país.
O ministro de Estado e chefe da
Casa Militar do Presidente da República informou que nas regiões mineiras da
Lunda-Norte, Lunda-Sul e Malanje foram apreendidas dragas com capacidade de
extracção de diamantes superior a das várias empresas de exploração mineira
legalizadas pelas instituições vocacionadas para o efeito.
Francisco Furtado sublinhou que o
encontro do Lubango analisou a situação da emigração ilegal, garimpo desenfreado
e ocupação de várias áreas mineiras, com realce para a exploração de diamantes,
ouro e outros "recursos importantes” do país, bem como avaliou a
estabilidade das fronteiras da região Sul.
Para o general das FAA na
reforma, as autoridades estão preocupadas com o nível de degradação ambiental
que a actividade de exploração ilegal está a causar à região Sul, assim como
noutras províncias abrangidas pela operação em curso.
Segundo Francisco Furtado, também
foi analisada a situação nas províncias da Huíla, Namibe, Cuando Cubango e
Cunene, bem como auscultada as inquietações e propostas dos governadores, de
modo a projectar cada vez mais as medidas com eficiência e com isso alterar o
actual quadro.
Francisco Furtado realçou que os
resultados são satisfatórios para o país, cujo empenho da Casa Militar visa a
garantia da segurança e estabilidade. "Os resultados são positivos e
depois de concluirmos, uma reunião terá lugar para apresentação dos resultados
gerais da situação geral da operação” indicou.
O ministro de Estado informou, a
propósito, que cidadãos de várias nacionalidades têm realizado garimpo, mas não
investem no sector social das áreas onde realizam tal actividade. Em
contrapartida, acrescentou, "desenvolvem acções de realce nos países de
origem onde erguem vários imóveis de referência”.
Para o ministro de Estado e chefe
da Casa Militar do Presidente da República, o país perde muito com a actividade
do garimpo, sobretudo de diamantes. "Constatámos situações que não eram do
nosso domínio, no passado, com realce para empresas instaladas em determinadas
áreas, onde medidas imediatas foram tomadas e a serem tratadas pelos órgãos de
Justiça, sobretudo nas províncias onde se identificou a exploração ilegal de
recursos naturais”, disse.
O general Furtado informou ainda
que estão em curso acções para o reforço do controlo territorial e permitir que
as administrações e governos locais assumam de facto o desafio. "Os órgãos
de Defesa e Segurança devem ser mais activos para um controlo mais eficiente
das fronteiras marítimas, fluviais e terrestres”, recomendou o ministro de
Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República.