A Universidade Metodista de
Angola (UMA) detectou, na semana passada, plágios nas monografias de cerca 80
estudantes, numa lista de quase dois mil finalistas que terminaram recentemente
a licenciatura nos 21 cursos existentes e adiou a outorga destes alunos até que
o processo disciplinar seja concluído.
Os visados dizem que tiveram,
todos, o mesmo orientador, e que não concordam com a suspensão, visto que estão
a cinco dias da outorga do grau de licenciado.
Fontes da universidade garantem
ao Novo Jornal existirem fortes indícios de plágio e asseguram que os estudantes
estão a ser investigados.
Os estudantes dizem que as
suspeitas de plágio não estão provadas pela UMA e que o professor orientador
teve aprovação da própria universidade.
Os 80 estudantes suspeitos de
plagiarem as monografias são quase todos do curso de gestão.
Por sua vez, a reitoria da UMA
assegura que os estudantes copiaram os trabalhos de monografias realizados em
outras instituições.
Os estudantes querem agora que a
Universidade Metodista de Angola apresente provas dos plágios e que as
particularize caso a caso.
Os visados mostram-se indignados
com a reitoria pelo facto de só agora, "a menos de cinco dias da entrega
dos diplomas, virem com a história de terem detectado plágios nos trabalhos do
fim do curso".
Numa nota pública a que o Novo
Jornal teve acesso, a Universidade Metodista de Angola esclarece que a outorga
a esses 80 estudantes está adiada até que o processo disciplinar seja
concluído.
Na nota, a UMA reprova toda a
tentativa de corrupção e fraude, responsabilizando assim os autores e aqueles
que eventualmente permitam que esses actos prosperem.
Vale lembrar que será a primeira
vez que a Universidade Metodista de Angola fará a cerimónia de outorga ao grau
de licenciados a quase dois mil finalistas.