O ministro de Estado para a
Coordenação Económica afirmou esta quarta-feira, 29, em Luanda, que Angola não
pode continuar a recorrer, como o faz, actualmente, às reservas internacionais
para atender às necessidades de importação.
José de Lima Massano notou também
que, caso o País persista em fazer o uso destas reservas para cobrir os défices
da produção interna, pode entrar num quadro de insegurança em médio e longo
prazo.
O governante defendeu que o País
tem que salvaguardar a sua sustentabilidade externa e, por isso, deve produzir
para lidar com as necessidades de importação.
Dados mais recentes da balança de
importação e exportação, no terceiro trimestre deste ano, demonstram que o País
gastou mais do que recebeu.
Segundo a Rádio Nacional de
Angola (RNA), o País gostou mais de 4 mil milhões de dólares em importações e
recebeu 3,7 mil milhões de dólares em exportações.
O ministro de Estado para a
Coordenação da Económica diz que Angola pode pôr em causa a sua
sustentabilidade externa caso este quadro persista.
"Se olharmos para aquilo que
estamos a importar, vamos facilmente concluir que o País tem que se organizar
mais para produzir e assegurar a moeda nacional", disse o ministro,
assegurando que o País tem reservas internacionais para atender a economia em
caso de necessidade, caso haja uma situação que atinja a economia mundial.
Conforme o ministro, Angola tem
que sair urgente deste quadro e pôr a funcionar o parque industrial.
José de Lima Massano disse que o
Executivo tomou a iniciativa de estabelecer uma linha de crédito para apoiar os
produtores nacionais.
Para estimular a produção interna
de bens essenciais, segundo José de Lima Massano, o Executivo vai permitir que
os produtores comerciais possam pagar o IVA a 24 meses.
"Quem vai trazer
equipamentos para a produção nacional não pode ter o IVA à cabeça, poderá pagar
em 24 meses", disse.
Conforme o ministro de Estado
para a Coordenação da económica, o objectivo é colocar a economia nacional a
funcionar.