O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou esta
quarta-feira.06, como fundamental que Angola resolva os problemas no sector
bancário, nomeadamente na questão da supervisão e da sua solidez, ao mesmo
tempo que aponta agora para um crescimento inferior ao da última avaliação.
Nesta mais recente avaliação, o fundo aponta para um
arrefecimento acentuado do crescimento económico em Angola, que previa ser de
3,5% em Fevereiro para apenas 0,9% agora respeitado ao ano corrente.
Como justificação para este declínio, o FMI aponta a diluição
da capacidade de produzir petróleo, o que contrasta com o recente bom nos
preços da matéria-prima nos mercados internacionais, como pode ver nos links em
baixo nesta página.
Neste documento, o FMI vai mais longe que nunca na acidez
das recomendações ao dizer que o Executivo angolano tem de estar ciente da
urgência de resolução de alguns dos bancos nacionais ou mesmo a sua liquidação,
especialmente quanto aos "mais problemáticos".
Esta foi a primeira avaliação do Fundo após o programa de
assistência financeira a Angola e as indicações são duras, como se vê pela
forma como quer ver soluções rápidas para a banca e nota criticamente a
fragilidade do sector petrolífero, o baluarte da economia nacional, que está há
anos em queda na sua capacidade de produzir, tendo caído quase 800 mil barris
por dia em pouco mais de uma década.