Luanda - O Tribunal de Comarca de Belas julgou
e condenou a um ano de prisão efectiva sete dos oito jovens acusados de ter
incendiado e destruído o Comité de Acção do MPLA, no distrito urbano do
Benfica, em Janeiro de 2022, durante a greve dos taxistas. Mas como estiveram
presos 17 meses, o tribunal mandou-os em liberdade.
m dos arguidos foi absolvido pelo tribunal por
insuficiência de provas, visto que não ficou provada a sua participação nos
crimes de que era acusado.
Antes, os sete arguidos condenados foram
absolvidos dos crimes de danos com violência, ofensas simples, associação
criminosa, furto qualificado, ameaças e atentado contra a segurança dos
transportes.
Os jovens foram condenados apenas pelos crimes
de participação em motim e de desobediência à ordem de dispersão bem como ao
pagamento de uma taxa de justiça no valor de 50 mil kwanzas cada.
A audiência teve início no dia 25 de Janeiro,
na 14.ª secção da sala dos crimes comuns do Tribunal do Benfica, e chegou ao
fim esta quinta-feira, 20.
O partido MPLA, na qualidade de queixoso, dizia
que os actos criminosos resultaram em danos avaliados em mais de 90 milhões de
kwanzas, o que não ficou provado em sede de audiência.
Avelino Pedro, advogado do MPLA, disse que não
ficou satisfeito com condenação dos arguidos e que o partido irá recorrer da
decisão.
"Não estamos satisfeitos com a pena. O
juiz não teve uma postura rigorosa do ponto de vista da abordagem na sua
decisão", disse o causídico.
"Se os arguidos em liberdades nunca
compareceram em tribunal então deviam ser responsabilizados", disse o
defensor, afirmando não estar satisfeito também pelo facto de os arguidos
apenas serem condenados por dois crimes.
Segundo Avelino Pedro, o MPLA vai recorrer da
decisão do Tribunal de comarca de Belas para responsabilizar os autores e
assegura que não foi feita justiça.