Luanda - Após
desactivar a conhecida "Turma do Apito", no Sambizanga, por entender
que esta suposta brigada de vigilância comunitária se dedicava à prática de
diversos crimes, a Polícia Nacional pôs em marcha, a partir desta quinta-feira,
8, a "operação apito, que visa intensificar patrulhamentos ostensivos de
proximidade, com vista a dar maior visibilidade e presença policial naquele distrito
urbano de Luanda.
Segundo a polícia, não é verdade que os níveis de crimes
subiram no Sambizanga desde que foi desactivada a "Turma de Apito".
O 2º comandante provincial de Luanda, comissário António
Ribeiro, disse aos efectivos do comando municipal de Luanda, no acto de
lançamento da "operação apito", depois da desactivação da "Turma
do apito", que, segundo a polícia, há já um tempo que o grupo de
vigilantes agia fora das normas de segurança pública e que a Polícia Nacional
vai intensificar o patrulhamento ostensivo e o policiamento de proximidade, com
vista, a dar maior visibilidade e presença policial nos territórios críticos do
Sambizanga.
Conforme o comissário, "é preciso combater a
criminalidade e aqueles que continuarem com estes actos, vão sentir a mão pesada
das autoridades policiais".
Ao Novo Jornal, o porta-voz de Luanda da PN, superintendente
Nestor Goubel, disse que há muitas provocações aos agentes da polícia por parte
de alguns munícipes que não estão satisfeitos com a desactivação da "Turma
do Apito".
"Haverá muitas provocações, cada agente da polícia terá
de ser um agente pacífico, porque teremos de dialogar com os populares e moradores
dos bairros circundantes do Sambizanga", salientou.
Segundo a polícia, as zonas mais críticas no Sambizanga são
os bairros Lixeira, Mota, Santo Rosa e Madeira, onde os integrantes da
"Turma do Apito", através das suas" canforas" praticavam,
crimes como cárcere privado, justiça por mãos próprias e outras actividades
ilícitas.
O porta-voz da Direcção de Investigação de Ilícitos Penais,
Quintino Ferreira, que confirmou o desactivamento da "Turma do
Apito", no Sambizanga, garantiu que este grupo se desviava daquilo que era
o seu objectivo na comunidade e contrariava a Lei Orgânica sobre a Organização
e Funcionamento da Comissão de Moradores.
Conforme a polícia, os elementos da "Turma do
Apito" foram agora advertidos para a cessação imediata da actividade e a
sua dissolução, sob pena de serem responsabilizados criminalmente por
desobediência às autoridades policiais.