Luanda - Venha o voto secreto, para eles [UNITA]
levarem uma surra definitiva", disse o porta-voz do partido no poder em
Angola, Rui Falcão, num ato político de massas realizado este sábado (29.07),
em Luanda.
O porta-voz do Movimento Popular
de Libertação de Angola (MPLA), Rui Falcão, garantiu na manhã deste sábado que
o partido no poder não teme a pretensão da União Nacional para a Independência
Total de Angola (UNITA, maior partido da oposição) de destituir João Lourenço
da Presidência da República.
Falcão, que falava à margem do
ato político de massas realizado pelo partido na capital, Luanda, afirmou que
nenhum deputado vai votar a favor do impeachment.
"Venha o voto secreto, para
eles [UNITA] levarem uma surra definitiva. Se é o que querem, e se a lei
permitir, o MPLA não tem medo disto. E 100% dos deputados do MPLA não vão votar
a favor disto", garantiu.
O jurista e membro do Comité
Central do partido dos camaradas, Tito Cambanje, acrescentou que a iniciativa
da UNITA não tem fundamento jurídico e visa criar facto político. A ideia do
partido do Galo Negro, segundo o jurista, é desacreditar o Executivo diante da
comunidade internacional. "É muito importante acalmar as pessoas. Em
Angola existe uma Constituição que prevê que em que condição a destituição deve
ser feita", afirma.
"A lei é o nosso limite e,
até agora, nem se quer no documento que a UNITA apresentou há artigo da
Constituição. Isso revela amadorismo por parte de um partido que se diz ser a
segunda maior força política de Angola. Está claro. É amadorismo da parte
deles", critica.
Apoio a João Lourenço
O ato político de massas deste
sábado, em que se apelou ao apoio a João Lourenço, serviu também de
relançamento das "jornadas políticas e patrióticas - Meu CAP, meu
partido". A atividade foi realizada em todo o país.
Em Luanda, o evento foi dirigido
pelo primeiro secretário do MPLA, Manuel Homem, que fez ataques ao maior
partido da oposição. O dirigente partidário explicou que o programa relançado
nas 18 províncias angolanas visa aproximar a direção do partido aos militantes
de base.
"O MPLA é forte porque a sua
base é forte. Devemos orientar o partido na base e caminharmos juntos até a
vitória em 2027", disse Manuel Homem aos militantes que ouviam o seu
discurso no Largo das Escolas, na capital angolana.
Manuel Homem, que é também o
governador da província de Luanda, afirmou que é necessário que os militantes e
os cidadãos defendam com frequência o Presidente da República, João Lourenço:
"Não se deixem enganar por campanhas infantis, movidas por aqueles que não
querem o bem do povo, que não querem o progresso do país, criando manobras de
diversão".