Lisboa - O bispo da Diocese de Cabinda, Dom Belmiro
Chissengueti, que lidera a delegação angolana presente na Jornada Mundial da
Juventude (JMJ), apelou, ontem, em Lisboa, à sensatez dos jovens angolanos que
pretendem emigrar, aconselhando-os a optarem por fazê-lo de forma organizada e
legal, sem aproveitarem o momento que lhes foi proporcionado para outros
convívios.
Dom Chissengueti falava durante a homilia que marcou a missa
da Comunidade Católica Angolana que participa na Jornada Mundial da Juventude
2023, que se iniciou oficialmente ontem, em Portugal, com a presença do Papa
Francisco.
De acordo com o bispo, existem neste momento seis angolanos
que estão desaparecidos dos acampamentos, sublinhando que os mesmos são livres
de fazerem o que muito bem entenderem, sublinhando, porém, que só não é certo
abusarem da instituição que lhes confiou a oportunidade de tirarem o visto para
participarem nestas jornadas.
"As pessoas são livres de emigrar, ou seja, de
procurarem melhores condições de vida, de saúde, educação, trabalho, entre
outros. Só não devemos aceitar que oportunistas se aproveitem de momentos ou
ocasiões que nada têm a ver com a emigração”, referiu.
De acordo com o também responsável da delegação da
Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) na Jornada Mundial da
Juventude, "as notícias más ganham cada vez mais velocidade na sua
divulgação do que as boas, porquanto desde que os angolanos chegaram a Portugal
já realizaram várias actividades boas e das quais pouco ou nada se falou, mas a
do desaparecimento dos jovens foi rápida”.