Os mais de 100 trabalhadores
foram notificados pelos Recursos Humanos (RH) no dia 19 desde mês, e viram
suspensos as suas actividades laborais na TCUL.
Conforme os visados não lhes
foram explicadas as razões nem a certeza de que serão ou não despedidos, apesar
de desconfiarem que seja esse o caminho, em função da agitação e dos rumores
que se levantaram na TCUL nos últimos dias.
Em declarações ao Novo Jornal os
funcionários disseram que tiveram um encontro com a direcção na sexta-feira,
21, para verem esclarecido o assunto, mas a direcção nada lhes explicou e prometeu
fazê-lo oportunamente.
O Novo Jornal, que se deslocou à
TCUL, na base central no Cazenga, ouviu dos funcionários vários clamores em
função do tempo de serviço e das idades próximas da reforma.
Vários funcionários com mais de
25 anos de trabalho questionam-se como vai ficar a sua situação de reforma.
Outros interrogam-se sobre a questão da Segurança Social que a empresa não tem
pago.
Sobre os rumores do despedimento,
um alto funcionário da administração da TCUL, que solicitou anonimato, disse ao
Novo Jornal ser verdade que existe uma lista de 102 funcionários com a
categoria de despachante que serão dispensados em função da empresa não ter
lugares para aos colocar.
"A TCUL está numa fase de
reestruturação e modernização, com a entrada das bilheteiras tanto os
cobradores como os despachantes ficam sem muita utilidade, daí a despensa agora
dos despachantes", precisou.
Conforme este alto funcionário,
neste momento a direcção da TCUL mandou-os para o controlo do RH para os passos
subsequentes.
Questionado se o despedimento
abrangerá também a classe dos cobradores da empresa, este responsável não
confirmou, mas avançou a possibilidade.
O Novo Jornal soube que desde a
publicação da lista dos funcionários, se instalou um mau clima na TCUL.
Sobre este assunto, o Novo Jornal
contactou o presidente do conselho de administração da TCUL, Catarino César,
para o devido pronunciamento, mas o PCA prometeu fazê-lo oportunamente,
alegando estar reunido.