Luanda - Jornalistas, pastores e professores lideram
atualmente a lista de fuga à paternidade em Angola, revelou nesta semana o
director-geral do Instituto Nacional da Criança (INAC), Paulo Kalezi à Rádio
Nacional de Angola.
Representantes daqueles grupos sociais refutam o rótulo,
remetendo esse comportamento para casos isolados.
Francisco Paciência, presidente da Associação Nova Aliança
dos Taxistas de Angola, diz que esses acusados “não são taxistas profissionais,
são alguns indivíduos que de quando em vez, andam de Hiace, não têm
compromissos nem com próprio trabalho, nem com a própria família”.
Por seu lado, o secretário-geral do Sindicato dos
Jornalistas Angolanos considera preocupante o alerta do INAC.
“Enquanto SJA, não temos instrumentos que nos permitem
aferir e verificar as estatísticas que o INAC apresenta, se de fato elas
refletem realidade é preocupante, em princípio os jornalistas sem qualquer
pretenciosismo devem pelo menos se colocar entre aqueles profissionais que se
constituem como reserva moral da sociedade, a nossa profissão é exatamente um
exercício de crítica contra os outros e não faz sentido que nós nos vejamos
envolvidos numa situação como esta”, comenta Teixeira Cândido.
Para Guilherme Silva, presidente do Sindicato dos
Professores, esta situação envergonha a classe e “se existirem colegas nestas
condições, apelo à consciência desses colegas por forma a assumirem as suas
responsabilidades e que não coloquem na sarjeta o nome do professor porque o
professor é professor em sala de aula e professor no meio onde estiverem, devemos
passar um bom exemplo”.
Por seu vez, Teixeira Vinte, pastor da Igreja Adventista do
7º dia, diz que quem se procede deste modo não pode assumir o título de pastor.
“Não considero serem pastores, considero-os usurpadores do
título de pastores para poderem ganhar certa notoriedade e poderem também
manifestar as suas paixões carnais que é um erro grave”, afirma aquele responsável
doz ser ser ativista dos direitos da criança e trabalhar em colaboração com
INAC.
Para ele, “o INAC está no seu direito e deve chamar e se não
aceitar levar às barras do tribunal”, conclui Teixeira Vinte.