Luanda - Mais 13 cidadãs vietnamitas foram
enganadas por chineses com promessas de emprego em Angola para acabarem na
prostituição por troca de 150 a 200 mil kwanzas mensais.
Nesta segunda-feira, o Serviço de
Investigação Criminal (SIC) deteve um casal chinês, ambos com 30 anos, por
tráfico de seres humanos e de drogas e por liderar a rede de prostituição.
As cidadãs encontram-se no
território nacional há dois anos, estando actualmente em permanência ilegal,
porque vieram para o País com visto de fronteira, que dura apenas 30 dias.
As raparigas foram mantidas
durante este tempo todo em cativeiro, numa residencial que se encontra no
interior do Kilamba Shopping, no distrito urbano do KiKuxi, onde eram obrigadas
a se prostituírem por 20 a 30 mil Kz.
As redes sociais foram as
principais vias onde estas mulheres foram aliciadas pelos chineses, com falsas
propostas para trabalharem em lojas, armazéns e spa"s, garantindo um
salário de 300 a 400 mil kwanzas.
Porém, tudo isso ficou apenas no
papel, depois da chegada das estrangeiras a Angola, o que era um sonho,
transformou-se numa prisão onde foram exploradas sexualmente.
No local, conforme o Novo Jornal
constatou, também se consumiam de drogas, algumas com o objectivo de
intensificar a capacidade de "trabalho", servindo de estimulantes
para as "funcionárias".
O casal detido será presente ao
Ministério Público e as 13 vietnamitas serão encaminhadas para o Serviço de
Migrações e Estrangeiros.
Em menos de três meses o SIC
desmantelou quatro redes de cidadãos asiáticos que se dedicavam ao tráfico de
drogas, de seres humanos e à prostituição.
Todos estes grupos foram detidos
no município de Viana, no distrito urbano do Kikuxi, no interior de alguns
estabelecimentos que se encontram